BENTLEY CONTINENTAL GT
À primeira vista, não é tão fácil perceber as mudanças em relação a seu antecessor. Os novos faróis, inspirados no cupê Mulsanne, são as novidades mais visíveis, mas a Bentley afirma que o carro foi inteiramente repaginado. Um olhar mais atento revela que a grade frontal é inédita, os vincos da carroceria estão mais proeminentes e que a linha de cintura do carro está mais elevada do que antes. As lanternas também foram modificadas.
O interior teve poucas modificações. As linhas clássicas do painel foram preservadas, mas o sistema multimídia é novo, com uma tela de oito polegadas sensível ao toque. O sistema de som tem 11 alto-falantes e entrega um som cristalino e de alta qualidade. Há leitor de DVD, entrada auxiliar para iPod, disqueteira para seis CDs, leitor de cartão de memória e um disco rígido com 30 gigabytes para armazenamento de músicas em formato digital.
Em termos de desempenho, os engenheiros da Bentley projetaram um sistema de suspensão com componentes em alumínio, além de um novo sistema de direção e uma tração integral com distribuição da força em 40% na dianteira e 60% na traseira. O motor 6.0 W12 (com doze cilindros dispostos em forma de “W”) foi revisado e despeja 575 cv no asfalto. Segundo números divulgados pela fábrica, o Continental GT acelera de 0 a 100 km/h em 4,4 segundos e atinge a velocidade máxima de 319 km/h.
A Bentley afirma que o Continental GT ganhará a opção do motor 4.0 V8 em 2011, mas ainda não divulgou detalhes sobre o futuro propulsor. O novo cupê será apresentado no Salão de Paris, que abre suas portas para o público no fim de setembro.
OPEL GTC PARIS
Os carros-conceito são uma arma poderosa das montadoras para medir a aceitação do público diante de qualquer novidade. É sabido que alguns protótipos não vão deixar as pranchetas tão cedo, mas outros já chegam com passaporte carimbado para o mundo real. É o caso do GTC Paris, que nada mais é que uma prévia da versão esportiva do Astra, idealizada para disputar a preferência dos clientes europeus com Renault Mégane Coupe e o VW Scirocco.
O vinco que nasce na altura da maçaneta marca a lateral do carro e cria um efeito visual muito interessante, contrastando com a “lâmina” na parte inferior das portas dianteiras, herdada do sedã Insignia. A traseira exibe um visual arrojado e marcante, com as lanternas de led que invadem a tampa do porta-malas e mais vincos.
O GTC foi projetado para usar um motor 2.0 Turbo com quatro cilindros e injeção direta de combustível. O carro conta com tecnologias de última geração, como o sistema start-stop e uma versão atualizada da eficiente suspensão FlexRide, que ajusta a suspensão de acordo com as necessidades do condutor.
Novo Gol Rallye
O CrossFox foi o primeiro representante da Volkswagen no segmento de aventureiros urbanos. A receita de equipar o pequeno Fox com acessórios que emulam características off-road foi seguida à risca pela marca alemã, que não tem do que reclamar do sucesso de seu compacto. Mas quem acha o preço do CrossFox salgado demais (que começa em mais de 45 mil reais) ou não gosta do estilo do carro agora tem uma nova opção: o Gol Rallye.
A marca afirma que o Gol Rallye é uma versão com características que remetem ao mundo da aventura, mas com uma boa dose de esportividade. A dianteira é praticamente idêntica a da Saveiro Cross. Os faróis têm máscara negra e a parte inferior do para-choque recebeu um aplique de plástico, com direito a uma régua prateada logo abaixo da grade frontal pintada de preto e um par de faróis auxiliares.
De lado, notam-se as faixas com o nome da versão coladas na parte inferior das portas, que combinam com as molduras dos para-lamas em plástico preto. A traseira completa o visual com um aerofólio tingido de preto, faixas decorativas na tampa do porta-malas e um aplique prateado na parte inferior do para-choque. A suspensão foi elevada em 28 milímetros e os pneus são da medida 205/55 R15. A VW afirma que foram realizadas mudanças nos amortecedores e molas, além da adoção de uma barra estabilizadora com maior diâmetro. O eixo traseiro foi substituído por uma peça com maior rigidez.
O interior não tem mudanças visuais significativas, embora o acabamento em um tom de tecido mais escuro nos bancos, painéis de porta e até no teto dê um toque diferenciado. O comprador pode optar pela boa transmissão manual de cinco marchas, de engates suaves e precisos, ou pelo câmbio automatizado I-Motion, comodidade indisponível no CrossFox. O motor é o conhecido EA-111 1.6 VHT flex, que gera 104 cv com etanol e 101 cv com gasolina.
Segundo números fornecidos pela VW, o Gol Rallye acelera de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos e atinge a velocidade máxima de 182 km/h, sempre com etanol. Se o combustível for a gasolina, as marcas sobem para 10,6 segundos e 180 km/h, respectivamente. Com o câmbio I-Motion, o Gol parte da imobilidade e chega aos 100 km/h em 10,8 segundos com álcool e 11,1 segundos com gasolina. A velocidade máxima é a mesma da versão manual.
O Gol Rallye oferece, de série, itens como direção hidráulica, rodas de liga leve de 15 polegadas, abertura elétrica do porta-malas, trio elétrico, sensor de estacionamento traseiro, coluna de direção regulável em altura e profundidade e computador de bordo. A versão Rallye I-Motion adiciona computador de bordo com sete funções e, claro, a transmissão automatizada de cinco velocidades.
O Gol Rallye oferece, de série, itens como direção hidráulica, rodas de liga leve de 15 polegadas, abertura elétrica do porta-malas, trio elétrico, sensor de estacionamento traseiro, coluna de direção regulável em altura e profundidade e computador de bordo. A versão Rallye I-Motion adiciona computador de bordo com sete funções e, claro, a transmissão automatizada de cinco velocidades.
A lista de opcionais inclui ar-condicionado, freios com sistema anti-travamento (ABS), rádio CD Player com reprodução de arquivos em MP3, entrada auxiliar USB e entrada para cartão de memória SD Card e airbag duplo. O Gol Rallye sai por 40.370 reais, enquanto que a versão I-Motion poderá ser comprada por 43.030 reais.
Novo Dodge Charger 2011
Próximo do Salão de Paris, considerado um dos mais importantes do mundo, o Salão do Automóvel de São Paulo sofre com a concorrência nobre e raramente conta com uma estreia mundial. Contudo, na 26ª edição do evento, que abre as portas para o público no próximo dia 27, o estande da Chrysler sediará uma aparição inédita. Pela primeira vez o novo Dodge Charger 2011 será exibido ao público, com vendas no início do ano que vem.
Segundo um concessionário da Chrysler, a surpreendente opção da fábrica em mostrar o novo esportivo pela primeira vez no Brasil se deu por causa do lançamento do modelo no País, juntamente com o cupê Challenger. Desta forma, os brasileiros verão a nova versão do sedã antes mesmo dos norteamericanos, consumidores cativos do esportivo. O modelo será oferecido na versão V8 Hemi e as vendas começarão em 2011.
Ainda neste ano serão lançados comercialmente o Challenger e o novo Jeep Cherokee, cuja pré-venda já foi iniciada nos concessionários. Com problemas de homologação devido ao diesel nacional, a nova Dodge RAM não tem presença confirmada no Salão do Automóvel de São Paulo.
(Terça-feira - 26/10/210)
Nova Ranger 2012
A Ford mostrou na Austrália a nova picape Ranger, que foi desenvolvida em cima de uma plataforma global. Segundo as informações oficiais da Ford, a nova Ranger será oferecida em três versões de carroceria e nas trações 4x2 e 4x4.
A nova picape Ranger deve começar a ser produzida a partir de 2011, em Rayong, na Tailândia. Segundo o release de lançamento, de lá sairão os modelos para a região asiática e do Oceano Pacífico. Ainda não foi definida a data para o ingresso da picape nos Estados Unidos ou no Canadá.
"Conhecemos picapes como ninguém e reunimos a nossa melhor experiência em todo o mundo para criar a nova Ranger", diz Derrick Kuzak, vice-presidente de Desenvolvimento Global de Produto da Ford.
A nova Ranger será equipada com os seguintes motores: Duratorq TDCi I4 2.2 diesel e o I5 3.2 disel e o Duratec I4 2.5 a gasolina, que também pode ser configurado para uso flex, com 100% de etanol, ou gás natural e GLP.
Como transmissão a nova Ranger terá a opções manual de cinco ou seis velocidades e automática de seis velocidades.
A caçamba da nova Ranger, na versão cabine dupla, tem 1,54 m de comprimento, 511 mm de altura e 1,56 m de largura. As dimensões do compartimento permitem uma capacidade volumétrica de 1,21 metro cúbico.
(Quarta-feira - 27/10/2010)
Salão do Automóvel: aposta no carro a alcool e super-esportivos
No Salão do Automóvel de 2010 a soberba não ficou restrita à tradicional Ferrari/Maserati. Em uma confusa coletiva, a Platinuss, importadora independente de São Paulo, mostrou seus próximos lançamentos para o Brasil. Destaque da empresa, o esportivo Vorax ressuscita a lenda de um modelo nacional, enquanto o Koenigsegg CCXR aposta no consumo de etanol.
Com estrutura de alumínio e carroceria de fibra de carbono, o Vorax será construído artesanalmente. O cupê é empurrado por um motor V10 da antiga BMW M5, podendo receber o auxílio de um compressor mecânico. Sem previsão de chegar às lojas, o Vorax terá preço na faixa dos R$ 700 mil, podendo ganhar uma versão conversível.
Com a injeção adaptada pela fábrica, o Koenigsegg CCXR será vendido por R$ 6 milhões. Para compensar o preço alto, o esportivo sueco pode consumir etanol puro. Porém, sem ter ganhado um sistema de auxílio para partida a frio, é pouco provável que o feliz proprietário do CCXR deixe apenas etanol no tanque de combustível.
Único modelo da Spyker no estande, o Aileron usa o mesmo V8 de 400 cv da Audi adotado nos outros esportivos da montadora holandesa. Capaz de chegar aos 300 km/h, o Aileron tem preço variando entre R$ 900 mil e R$ 1,2 milhão.
Além do Vorax, cujos detalhes mais críticos do projeto ainda são desconhecidos, o Pagani Zonda R completa o chamariz da importadora Platinuss. Versão de corrida do Zonda, o cupê tem preço sugerido de R$ 10 milhões. Mas sem poder rodar nas ruas, é pouco provável que alguém compre o esportivo para expô-lo ao risco de um autódromo.
(Quarta - feria - 27/10/210)
Jymmy 4x4
A Suzuki começou a comercializar o Jimny no Brasil em 2008. O modelo tem motor 1,3 litro de 16 válvulas a gasolina com 84 cv de potência e torque máximo de 110 Nm a 4,100 rpm. Como nos outros fora-de-estrada, o Jimny dá a opção ao motorista de acionar a tração 4x4 ou 4x2 em velocidade até 100 km/h, não precisando parar o veículo para fazer a manobra. Ele tem também a opção de 4x4 reduzida.
Para a 26ª edição do Salão do Automóvel a importadora oficial do jipinho urbano mostra um Jimny preparado para enfrentar todos os desafios off-road. Outra novidade da Suzuki é o anúncio de uma fábrica no Brasil.
Outra novidade marca no evento é o Suzuki Grand Vitara na versão 2011. O modelo que está na sua terceira geração é vendido aqui com motor a gasolina de 140 cv de potência a 6.000 rpm, 183 Nm de torque a 4.000 rpm, tração integral e freios com ABS e EBD.
(Terça - Feira - 26/10/2010)
Nova Montana
Com preço partindo de R$ 31.990 na versão LS, a Nova Montana aposta, segundo a GM, na mesma receita usada pelo Agile: uma lista de itens de série recheada por um preço abaixo da concorrência. Com capacidade de carga de 758 Kg, a nova Montana lidera o segmento nesta categoria. Porém a picape é mais cara que sua antecessora, tanto no pacote simples quanto o que incorpora direção hidráulica (R$ 34.435), ar-condicionado (R$ 37.653) e vidros elétricos, travas elétricas, airbag e ABS (R$ 39.833). Acima da LS ficará a Sport (R$ 44.040), versão com acessórios estéticos, incluindo o decano adesivo “Sport” na porta, cuja estreia se deu no Astra em 2000.
Predador
Baseada no hatch argentino, a picape fabricada em São Caetano do Sul (SP) mistura elementos da Montana antiga com o Agile. Na dianteira, o desenho incomum do compacto foi mantido em sua essência, com a enorme grade do radiador cortada pelo filete do para-choque. Este, por sinal, ganhou novas proeminências nas laterais, diferenciando-se do compacto e dando um ar de “Predador”, segundo alguns jornalistas presentes no lançamento, fazendo referência ao alienígena dos cinemas. A mudança deixou a dianteira mais agressiva, mas mudou o primeiro ponto de impacto do para-choque, saindo da placa e indo para as laterais.
Soa como um detalhe pequeno, mas algumas unidades à disposição para avaliação já contavam com a peça descascando. Em um veículo de trabalho, ter um para-choque pouco resistente a impactos leves pode ser um defeito estético mal visto por frotistas – ainda mais em um carro que não permite a opção de para-choques pretos. A lateral mantém a porta do Agile somada a uma pequena vigia assimétrica. Os para-lamas traseiros receberam um forte vinco trapezoidal, formato que se repete no apoio para os pés, maior nesta Montana do que na outra.
Ao contrário do que ocorre na dianteira, o para-choque traseiro tem durabilidade acima da média, mérito de sua estrutura de aço. Mais caro do que uma peça feita com plástico injetado, o para-choque suporta melhor o peso de uma pessoa apoiada sobre ele em uma situação de carga e descarga. Essa tarefa, aliás, será mais fácil de ser conduzida na nova Montana, graças à tampa da caçamba mais baixa. A mudança também refletiu em uma discreta melhoria na visibilidade traseira.
Ponto H
Dentro da cabine, a Montana não esconde sua alma de Agile. Painel, consoles e bancos são iguais aos usados no hatch, com exceção apenas às maçanetas internas, alavanca de câmbio e contorno dos difusores de ar, agora pintados de cinza escuro. A diferenciação foi acertada, mas as rebarbas entre os componentes e plásticos de aparência inferior ainda permanecem.
O dono de Agile que se sentar na Montana, porém, notará uma leve mudança no ponto de vista. Culpa de um misterioso “Ponto H”, nome técnico usado por engenheiros para citar o local próximo da junção das pernas com o quadril. Na prática, um carro com o ponto H elevado deixa o motorista mais alto em relação ao veículo, com as pernas mais flexionadas.
A solução, somada ao teto mais alto, garante um espaço extra na cabine sem sacrificar o comprimento do carro. Porém não há milagre para extrair uma área maior atrás dos bancos, local geralmente reservado para as bagagens importantes, que não podem ser expostas às intempéries na caçamba. Neste aspecto a Nova Montana, assim como a Velha, se posiciona em um limbo chamado “Max Cab”. Sem ser cabine simples nem estendida, a Montana oferece 164 litros de espaço atrás dos bancos. O suficiente para a bagagem de uma pessoa disposta a repetir algumas roupas em suas férias.
Em contrapartida na caçamba vão 1.100 litros, segundo a GM. Esse valor é somente para a Nova Montana sem a capota marítima. Com ela, o volume é reduzido em 20 litros, além da perda de parte do conforto acústico na estrada. Explica-se: a proteção de lona solta-se da carroceria pelas laterais muito facilmente, fazendo barulho em velocidades acima dos 80 km/h. Neste caso, a escolha deve ser entre o conforto dos passageiros ou a proteger a bagagem.
Sem pressa
Equipada com o mesmo motor 1,4-litro de até 102 cv (com etanol) do Agile, a Nova Montana mostrou-se pacata com a caçamba vazia. Tinha fôlego para realizar ultrapassagens e encarar acelerações mais vigorosas, mas apenas após uma ou duas reduções de marcha. Com os 13,5 kgfm de torque chegando a 3.200 rpm, o propulsor demora para “acordar”, mesmo com as mudanças feitas pela engenharia, que encurtou a primeira marcha (melhorando arrancadas) e alongando a quinta marcha (otimizando o consumo rodoviário), em relação ao Agile.
A posição de dirigir do carro melhorou em comparação ao hatch, graças ao banco mais elevado, permitindo um maior afastamento do motorista em relação ao painel. Volante e alavanca de câmbio, contudo, continuam deslocados de seu centro. Não é algo que incomode em um curto passeio, mas motoristas que usarão o carro para o trabalho podem se queixar da ergonomia ruim herdada da plataforma do primeiro Corsa nacional.
A suspensão se posiciona entre o firme conjunto da VW Saveiro e a macia Fiat Strada. Em curvas de média velocidade a traseira mostrou disposição à flutuação, dando a impressão de que o eixo traseiro estava disposto a ultrapassar o dianteiro. Para um carro de trabalho, o sistema é suficiente para preservar a coluna dos ocupantes e a integridade da carga, mas pode incomodar quem comprar a nova Montana com o objetivo de manter a caçamba vazia.
Ousada discreta
Com visual renovado e diferente, a Nova Montana visa manter o sucesso discreto de sua antecessora: uma picape de volume, com força para firmar o pé na terceira posição entre as mais vendidas do seu segmento e fôlego para mirar na segunda posição, ocupada pela Saveiro.
A meta da Chevrolet é vender 3.500 unidades por mês do modelo, média acima da Montana atual. Durante a apresentação, executivos evitaram falar na liderança. Optaram pelo discurso moderado, indicando que objetivam aumentar as vendas da nova Montana gradualmente. Com apenas um motor e duas versões de acabamento, a nova picape tem força para se manter na mesma posição de sua antiga homônima. Mas, para galgar novos horizontes, será necessário mais do que apenas uma carinha bonita.


























